Quem somos

Os teóricos que estão estudando os fenômenos da comunicação preocupam-se com os rumos da interação social. Da face a face à virtual, ela tem sido dificultada por razões tantas... Nunca se teve tantos canais à disposição, mas poucas oportunidades de debate, bate-papo, “oi eu tô aqui”. Talvez porque nos percamos no excesso de fios dessa teia, ou por questões pessoais, introspectivas. No entanto temos a função de abrir e facilitar esses caminhos. O objetivo é lançar fumaça para sinalizar onde estamos (em Guarapari/ES - um Estado em que as organizações pouco reconhecem a importância do profissional de relações públicas -, em uma instituição prestes a fechar o curso, em um lugar onde muitos aspirantes ao mercado de trabalho acham que RP não dá futuro, daí optarem pelas engenharias – yes, nós temos o pré-sal). Queremos dizer que estamos aqui, aceitamos amizades, trocamos figurinhas, literatura, teorias, experiências, fotos... Fazemos protestos, denúncias, convites... Existimos. Somos estudantes de Relações Públicas e estamos receptivos a qualquer interessado em comunicação e afins. Isto é, tornar comum nossos fazeres e fazer jus ao “icar”, sufixo para designar “ação freqüente".

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A Comunicação interna na organização e o profissional de Relações Públicas


Laiz Vetorazzi
Faculdade Pitágoras – Campus Guarapari

RESUMO

Nas organizações em geral a comunicação é fator essencial para o desenvolvimento e relacionamento com os diferentes públicos. Ela pode construir ou manter a imagem da empresa. A comunicação dentro da organização, ou ao que podemos chamar de comunicação interna, estabelece a harmonia entre os setores funcionais, transmitindo mensagens claras que possam deixá-los informados e atualizados com o que se passa na instituição.O processo comunicacional dentro das organizações é feito por um profissional qualificado que domina técnicas e teorias para estabelecer uma boa comunicação. Esse de quem falamos é o relações públicas, que através de uma série de ferramentas faz com que, no caso, o público interno esteja mais harmônico e satisfeito para então desenvolver melhor suas atividades.

Comunicação organizacional

Para falarmos de comunicação organizacional precisamos antes de tudo entender um pouco sobre o que é uma organização. Do grego “organon” a palavra significa instrumento, podendo ser vista por uma associação ou instituição com objetivos definidos. As organizações têm por objetivo tornar produtivos os conhecimentos e só passam a existir quando um homem junta suas forças físicas e intelectuais com as de outro homem. Então podemos dizer que a organização corresponde a uma coordenação de esforços que visam atingir objetivos comuns. ( disponível em www.google.com)

Introduzindo à organização um elemento primordial para seu desenvolvimento, que é a comunicação, ela percorre caminhos mais seguros. O sistema comunicacional é de estrema importância para o processamento de funções administrativas e o relacionamento com os meios interno e externo. A comunicação dentro da empresa dá abertura para o relacionamento harmonioso e estratégico, que traz benefícios tanto para o presente quanto para o futuro. Portanto, se o processo comunicacional estiver em constante harmonia com o sistema social, propiciará um equilíbrio entre os fatores que influem no desempenho da organização.

A comunicação só não alcança objetivos quando barreiras a interferem e restringem sua eficácia. Nas organizações, o comunicador pode encontrar vários tipos de barreiras, por isso ele precisa desenvolver meios para não se deparar com problemas que atrapalhem o processo comunicativo organizacional. Um exemplo de barreira é o excesso de informação que causa sobrecarga e uma espécie de saturação para o receptor. (KUNSC. 2003, p.75)


Comunicação interna

A comunicação interna pode ser definida por uma série de ferramentas utilizadas para criar um bom relacionamento com o público interno, bem como proporcionar o maior e mais qualificado rendimento das atividades exercidas por ele. Muitos autores classificam não só os funcionários como público interno mas também seus familiares. Segundo Amauri Marchese (2005. p.4) “esse público é o maior e mais consistente avalista da reputação da empresa”.

Como o mundo muda constantemente, ocasionando densas mudanças nos modelos de gestões das organizações e sua relação social, as empresas devem adequar seus argumentos á necessidade de cada um dos públicos que gira ao seu redor. É como se falasse que o comunicador deve pensar estrategicamente de acordo com as mudanças que ocorrem em instantes e não mais em períodos.

Muitas organizações, ao tentarem introduzir a comunicação interna em seu contexto, se esbarram em uma série de problemas. Pouca verba, profissionais desqualificados, que em muitas das vezes acabam prejudicando a própria instituição ao criarem meios desinteressantes, inerência política e outras dificuldades.

O gestor da empresa deve sempre transmitir informações claras e verdadeiras, pois a comunicação é uma estratégia para gerar credibilidade e confiança, criar um clima favorável e mostrar claramente o foco dos negócios e mobilização para as metas da organização. Pelo fato de pessoas que não são da área de comunicação se acharem no direito de exercerem o papel de comunicador, e alguns profissionais de comunicação não possuírem experiências aprofundadas, estes acabam emitindo veículos pouco interessantes com informações que não são relevantes para o processo comunicativo.

A comunicação interna deve então ostentar um papel estratégico na gestão empresarial. “Ela torna possível o fluxo de informações, cria nas pessoas o sentimento de “pertencer” e ajuda a construir o futuro das organizações”, como diz Amauri Marchese (2005, p.05).

O profissional de Relações Públicas

Alguns autores estabelecem que o profissional de relações públicas é o gestor da comunicação. Seu trabalho se direciona para a consultoria e assessoria. Utiliza-se de técnicas para obter resultados e perceber a sociedade e sua realidade, bem como desenvolver estratégias de comunicação para criar ou manter o inter-relacionamento harmônico com o meio social e mercadológico.

Este articulador deve estar atento às constantes mudanças que ocorrem nas organizações e sociedade. Queda da produtividade, avanços tecnológicos, novas exigências do mercado, crises financeiras como está acontecendo na atualidade, são alguns exemplos de fatores que fazem com que o profissional planeje e desenvolva estratégias para manter a coexistência dos interesses visados.

As atividades de relações públicas são essenciais dentro de uma organização, principalmente nas de médio e grande porte. Ela estabelece a comunicação harmoniosa e prática entre a empresa e os públicos interno e externo, e, através da inserção de um planejamento estratégico, estuda e detecta os públicos que devem ser atingidos.

O relações públicas na comunicação interna

São várias as atividades que o profissional pode desenvolver dentro da comunicação interna, atividades que vão de um simples quadro de avisos até um projeto específico que exige um estudo aprofundado e um tempo maior para elaboração e sua aplicação, como um plano de comunicação ou plano para gerenciamento de crises.

A comunicação voltada para os funcionários deve ser delineada e desenvolvida a fim de torná-los mais integrados e satisfeitos, pois é também através deles que a empresa vai empreender suas conquistas.

Uma das principais e mais utilizadas ferramentas é o jornal empresarial, que tem o propósito de informar e evitar os boatos ou “ruídos” que atrapalham a comunicação. Este instrumento promove um conhecimento maior dos negócios da empresa entre os funcionários. Dentre outros tantos benefícios ele dá em certos casos a oportunidade de o empregado exibir sua opinião fazendo críticas, dando sugestões etc.

Além do jornal, existem outros canais e instrumentos de comunicação interna. Os mais conhecidos e utilizados são o manual e vídeo de integração à empresa, revistas, encarte da área de recursos humanos, jornal de parede, cartazes motivacionais e informativos, painéis motivacionais e decorativos, painéis celulares, datas festivas, canais diretos entre direção e funcionários, vídeos, palestras internas, intervenções teatrais, rádio interna, vídeo jornal, correio eletrônico, intranet, clipping eletrônico, entre outros.


REFERÊNCIAS

KUNSCH, Margarida M.K. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. SP: Summus, 2003.

WEY, Hebe. O processo de relações públicas. 2.ed. SP: Summus, 1986.

KUNSCH, Margarida M.K. Obtendo resultados com relações públicas. SP: Pioneira,1997.

NASSAR, Paulo. Comunicação interna: a força das empresas. SP: ABERJE. Vol 2, 2005.

Junho/2009

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