Quem somos

Os teóricos que estão estudando os fenômenos da comunicação preocupam-se com os rumos da interação social. Da face a face à virtual, ela tem sido dificultada por razões tantas... Nunca se teve tantos canais à disposição, mas poucas oportunidades de debate, bate-papo, “oi eu tô aqui”. Talvez porque nos percamos no excesso de fios dessa teia, ou por questões pessoais, introspectivas. No entanto temos a função de abrir e facilitar esses caminhos. O objetivo é lançar fumaça para sinalizar onde estamos (em Guarapari/ES - um Estado em que as organizações pouco reconhecem a importância do profissional de relações públicas -, em uma instituição prestes a fechar o curso, em um lugar onde muitos aspirantes ao mercado de trabalho acham que RP não dá futuro, daí optarem pelas engenharias – yes, nós temos o pré-sal). Queremos dizer que estamos aqui, aceitamos amizades, trocamos figurinhas, literatura, teorias, experiências, fotos... Fazemos protestos, denúncias, convites... Existimos. Somos estudantes de Relações Públicas e estamos receptivos a qualquer interessado em comunicação e afins. Isto é, tornar comum nossos fazeres e fazer jus ao “icar”, sufixo para designar “ação freqüente".

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Sempre natal


Todos conhecem esta história:
Foi mais ou menos dois mil anos atrás...
Muita gente, muita movimentação. Pessoas de diversas origens viajando, correndo. Cumprindo uma ordem. Alistamento! Famílias inteiras se deslocando, casas lotadas. Bom para o comércio, casas de comidas, casas de hospedagem. Gente de todos os jeitos, estados... estado de gravidez. Entre os transeuntes, uma mulher que gestava uma criança. Onde repousar o corpo cansado, pesado? Nada. Lotado. Não há vagas!
Mas era tempo de nascer. Mãe angustiada. Pai ansioso.
- Serve um cantinho lá no quintal? No curral? Ao menos passar a noite. Pela manhã se resolve o que faz.
E ali o casal se ajeita . Noite de céu tão límpido. Sem precisar astrolábio, magos naquela direção seguiam uma estrela. Sabiam o que estava para acontecer. Rei poderoso também já estava à espreita. Temia a perda da coroa. Pastores no campo percebiam ser noite especial. Encheram-se de ternura.
Nasce a criança! É Jesus! O menino Jesus... Presente de Deus para o mundo. Para sempre. No céu, coro de anjos.

Mais ou menos dois mil anos depois:
Muita gente, muita movimentação. Pessoas de diversas origens, classes sociais, lugares com muito frio e lugares quentes. E pessoas correndo, cumprindo ordem. Têm que se cadastrar, bater ponto, cumprir horário, inscrever-se. Ninguém existe sem CPF. O corpo cansado, pesado. Quando descansar?

Noite de 24 para 25 de dezembro desses mesmos mais ou menos dois mil anos depois:
Também pessoas viajam, compram, preparam comidas, planejam festas. Mês bom para o comércio. Hotéis lotados. Ruas lotadas. Lojas lotadas. Gentes de todos os jeitos. Embora o cansaço, o peso das responsabilidades... Embora tantos emboras, estão grávidos de esperanças. Têm onde repousar. Porque há muito vem sendo gestada uma crença especial. Promessa Daquele Menino sobre um bom lugar para descansar.
Por isso, nesta noite, apregoa-se o tempo de nascer. Mãe feliz. Pai exultante. Num cantinho aconchegante, venera-se o Deus-Menino. A noite é belamente azul, infinita, e a manhã será levemente furta-cor, com cheiro de anis.
Neste dia a gente se ajeita. Nem precisa brigar pelo Planeta. Todos se enchem de ternura. Comemoram o nascimento da criança. O menino Jesus. Presente de Deus para o mundo. Para sempre. Fogos de artifício redundam no céu e colorem a abóbada. Pontos brilhantes reluzem na noite e espalham-se em partículas de alegria em direção aos nossos corações.


Que seja sempre assim!

Gilceia Lima

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